quarta-feira, 12 de junho de 2013

Uma ode à melhor banda de blues que já existiu nesta cidade, aos melhores músicos que já ousaram tocar aqui. Este blog foi criado com o intuito de promover uma banda, porém, seus integrantes eram/são muito mais do que um conjunto, eram solos dissonantes, furiosos e artísticos, por isso mesmo não podemos abandoná-lo. É isso ai, as atividades continuam. “Sons do Caralho”, “Ensinamentos Manguísticos” e tudo o mais que pintou e que ainda vai pintar. Nosso Brow, Renatinho Catatau, continua com a mesma fúria bluseira, o mesmo dedo pulsante, mente fértil e braguilha aberta. Pelos poderes da Gretchen, “WE GOT THE BLUES!”


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sons do Caralho!!

A convite de Paulinho Manga irei contribuir com algumas postagens nesse blog supimpa. Começando pelo maravilhoso vocal feminino do Blues: Bessie Smith, chamada de A Imperatriz do Blues. Nasceu em 15 de abril de 1894, em Chattanooga, Tennesee, mas foi no norte dos Estados Unidos que Bessie fez sucesso, durante as décadas de 1920 e 1930. Dona de uma voz marcante e cheia de ritmo foi contratada pela Columbia Records, em 1923, quando foi lançado seu primeiro álbum: "Downhearted Blues" que a tornou famosa e requisitada, recebendo apoio e colaboração de importantes nomes da música como: James P. Johnson, Coleman Hawkins, Louis Armstrong, Don Redman e Fletcher Henderson. Tal relevância atribuída a Bessie Smith a coloca em um patamar importante, pois é reconhecida como a primeira cantora de Blues a se tornar um sucesso e mais do que isso, abre espaço para um novo ramo da indústria fonográfica direcionada ao público afro-americano.
Assim, para os ensinamentos manguísticos vale conferir a obra de Bessie Smith. Espero que gostem.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

O cão tarado do Blues


 
No meio da madrugada
O calor sobe a cabeça
Chego até a sentir medo
Que o “coisa ruim” apareça

Na mente só putaria
Mas quanta imaginação
Quem diria o rei da orgia
Se acabou num colchão

Eu não tomei nenhum remédio
Nem to morrendo de tédio
Não acordei de ressaca
Eu tenho as chaves de casa

Sou o cão tarado do blues
O cão tarado do blues
O cão tarado do blues
O cão tarado do blues

terça-feira, 14 de junho de 2011

Despedida



Amor,
Você prefere a sala ao nosso quarto
O vento frio que está ao meu lado
O que eu faço a você?

Amor,
Ultimamente a TV dorme ligada
Eu acordo todos os dias na hora errada
Ou nem durmo esperando você

Se você me ligar
Amanhã de manhã
Não vai adiantar
Vou estar bem longe daqui

Se uma carta chegar
Lá pra onde eu for
Não vai adiantar
Não vai encontrar o seu amor!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sons do Caralho!

Andavamos meu amigo(irmão) Pako e eu, voltando do comércio, e sacando(pra variar), um som do ac/dc, que rolava no meu carro: Pako"-Éguas esses bixos são pilantras, eles sempre fazem coro dobrando a guitarra, mas o pior é que é bacana". Eu"- Porra pior né, mas eles ñ são mais os mesmos, vi uns videos do novo dvd e axo q eles estão meio enferrujados". Pako"- E que eles tão velhinhos.neh...". Dia depois: "E aí Poeta? eu sei q eu tava falando mal dos nossos velhinhos(ac/dc),mas fiquei de queixo caído ao ver esse vídeo,quase eu choro.rsrsrsrsr" Recado que eu mandei p pako pelo orkut ao ver esse vídeo. Enfim, velhinhos, mas que velhinhos.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ensinamentos Manguísticos!!!

"Um artista não pode ficar prisioneiro de uma ética oficial. As palavras nascem da boca do povo (...) Um palavrão muitas vezes tem mais sentido que qualquer outra palavra que se comporte dentro dos padrões da ética oficial".

Rui Barata

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Entrevista com Celso Blues Boy

Para os que gostam de um bom Blues (em português), ai vai um trecho da entrevista com Celso Blues Boy, falando sobre a vida, carreira e suas idas e vindas no mundo do Blues.


Celso Blues Boy
Por: Rafael Souza e Luiz Kafka

Você é considerado por muitos o precursor do blues no Brasil. Como foi o seu primeiro contato com o blues?

Um tio-avô meu foi para os Estados Unidos, mas não entendia nada de música. Então pediu para o lojista escolher uns discos e me enviou alguns. Nessa época, com onze anos de idade mais ou menos, ouvia todos os dias aquele disco em minha vitrola de pilha. Nos anos 70, já no Rio de Janeiro, e já tocando guitarra, fui em uma festa e lá havia alguns instrumentos: guitarra, bateria, baixo, e disseram para alguém que eu tocava. Depois que eu toquei algumas músicas uns caras vieram me falar: “Pô! Como é que você conhece blues?” E eu disse: “Mas eu não conheço blues”. “Como não conhece? Você tá tocando blues!” Aí, fiquei amigo dos caras e depois levei aquele disco que eu tinha desde criança pra eles verem e eles disseram: “Esse cara aqui é o B. B. King. É o rei do blues”. Mas até aquele momento eu não sabia quem era B. B. King, se era um guitarrista solo ou era só o cantor, só sabia da fotografia do negão lá. Mais nada. Daí, conheci algumas pessoas e mais algum material de blues e comecei a tocar, e também a compor em português, porque achava que não seria interessante fazer igual a eles, pois ninguém faria melhor que eles a não ser que tentasse fazer com alguma coisa de diferente.

Você participou de uma banda tida como uma das primeiras bandas de blues do Brasil. Como foi isso?

Nos anos setenta ainda, um cara chamado Geraldo Darbili era baterista. Ele e a tia dele compraram uma casa em Copacabana e fizeram o primeiro pub de blues que teve no Brasil. Esse lugar se chamava Apaloosa, e ele me contratou pra fazer o meu som, com alguns outros músicos. Eu sugeri que a banda se chamasse Aeroblues. Depois ele até registrou o nome, mas tudo bem, não tem problema. A banda causou um imenso impacto na época, pois não se tinha registro de banda de blues no Brasil. Chegávamos a fazer cerca de três shows por noite em finais de semana, com muita gente esperando do lado de fora. Foi assim durante dois anos e meio, quase três.

Você tocou com vários nomes da música brasileira antes de se firmar na carreira solo. Como foi essa experiência?

Com 17 anos eu tocava com Sá & Guarabira. Toquei com vários artistas, eu gosto sempre de dizer. Toquei com Raul Seixas, com o Melodia, gosto de dizer porque eu gosto deles. Mas já gravei discos com outras pessoas e fazia shows com elas também. Além disso tinha as minhas bandas. Tinha uma chamada Legião Estrangeira, que é muito anterior ao nome Legião Urbana. Renato Russo até falou: “Pô, eu sei que você tinha a Legião Estrangeira. Não tem grilo?” E eu disse: “Não, não tem grilo nenhum”. Raul foi uma grande experiência. Gravamos discos, fizemos muitos shows e ele era uma pessoa muito querida para mim. É uma pena que ele nunca teve alguém que realmente se importasse com ele, para não permitir o que certas amizades que ele tinha, fizessem o que fizeram com ele. Ele não tinha quem o protegesse. Raul queria na verdade ser algo como Elvis Presley. Ele era um rocker. Às vezes ficava muito louco. Atire a primeira pedra quem nunca fez uma besteira.